Chegada de novos servidores ao Idaf e monitoramento rigoroso buscam garantir a qualidade e a segurança dos produtos agropecuários no estado.
Recentemente, o estado do Espírito Santo tem intensificado suas ações de fiscalização agropecuária, com foco na qualidade e segurança dos produtos que chegam à mesa dos consumidores. Essa mobilização se dá em parte pela chegada de novos servidores ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), aumentando a capacidade de atuação na verificação de produtos e processos.
Essa iniciativa ocorre em um contexto de preocupação nacional, evidenciado por uma recente operação no Paraná, onde auditores fiscais federais agropecuários, em colaboração com a Polícia Militar e a Polícia Civil, apreenderam mais de 10 mil litros de vinho adulterado. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Hugo Caruso, destacou a importância da atuação integrada entre as diferentes autoridades. “O combate às fraudes é essencial para garantir que os alimentos e bebidas que chegam à mesa do consumidor sejam seguros e de qualidade”, afirmou Caruso.
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Na operação paranaense, foram encontrados corantes, conservantes, aromatizantes e açúcar, substâncias proibidas na fabricação de vinho, evidenciando a adulteração do produto. Essa situação serve como um alerta para o Espírito Santo, onde o Idaf tem reforçado suas práticas de fiscalização e controle. Fernando Mendes, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná, ressaltou que o local de fabricação do vinho apreendido apresentava condições insalubres, indicando a necessidade de um monitoramento mais rigoroso no setor.
A chegada de novos servidores ao Idaf não apenas fortalece a estrutura de fiscalização, mas também reflete um compromisso em garantir a qualidade dos produtos agropecuários. Com mais profissionais disponíveis, as inspeções se tornam mais frequentes e abrangentes, promovendo a segurança alimentar e a confiança do consumidor.
A legislação que regula a produção de vinho no Brasil, como a Lei nº 12.959/14, estabelece diretrizes específicas que visam proteger tanto o produtor quanto o consumidor. Contudo, fraudes como a do Paraná demonstram que há ainda um longo caminho a percorrer. A experiência do Paraná enfatiza a importância da colaboração entre setores para enfrentar a produção e comercialização de produtos adulterados.
Em resposta a esse cenário, o Idaf tem promovido um trabalho integrado com outras instituições e a sociedade civil, reforçando a necessidade de que a população adquira produtos apenas com identificação do responsável e com o devido registro no Mapa. Essa conscientização é crucial para evitar que fraudes comprometam a saúde pública e a integridade do mercado agropecuário.
Dessa forma, a mobilização do Espírito Santo, acompanhada pela vigilância em torno das práticas do setor, se torna uma resposta efetiva a desafios como os enfrentados no Paraná. O fortalecimento das ações de fiscalização é essencial para proteger o consumidor e garantir a qualidade dos produtos agropecuários no estado.
Com informações da Anffa Sindical e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
Reportagem: Waldeck José