Operação Ressaca reforça o alerta: Sonegação gera prejuízos irreparáveis com multas que ultrapassam o “lucro fácil” e ameaçam a continuidade dos negócios
A apreensão de mais de R$ 2 milhões em bebidas sem documentos fiscais pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), em operação conjunta com a Polícia Federal, expõe as duras consequências da sonegação para os empreendedores que tentam burlar o sistema. Realizada em Vila Velha na quarta-feira (23), a ação – segunda fase da Operação Ressaca – flagrou dois estabelecimentos operando de forma irregular, levando à apreensão de 181 mil latas e garrafas de bebidas alcoólicas em Cobilândia e 59 mil unidades em Vila Garrido. Sem a devida documentação fiscal, as empresas estão sujeitas a autos de infração que podem somar mais de R$ 1,2 milhão em impostos devidos e multas.
A prática de sonegação pode até parecer uma “economia” vantajosa no início, mas a decepção e tristeza ao receber uma multa dessa magnitude são inevitáveis. Para os empresários pegos em tais situações, o primeiro sentimento é de arrependimento e desespero, uma vez que veem a sustentabilidade de seus negócios ameaçada. Esse suposto “lucro fácil” obtido ao não pagar impostos se converte em uma dívida potencialmente catastrófica, que pode comprometer seriamente a continuidade do empreendimento.
Diante desse cenário, muitos optam por recorrer das penalidades, buscando uma extensão de prazo que lhes permita reorganizar as finanças e, quem sabe, reduzir o valor da multa. Embora o recurso ofereça um respiro financeiro, não é garantia de que a empresa escapará da punição. A inteligência fiscal é hoje altamente sofisticada, com cruzamento de dados e ferramentas avançadas de fiscalização que tornam a detecção de fraudes cada vez mais rápida e precisa.
Helder Costa Leão, subgerente fiscal da Região Metropolitana, reforçou o compromisso da Sefaz e da Polícia Federal em manter um ambiente de negócios saudável e leal, ao impedir que práticas ilícitas criem uma concorrência desleal. “Essa atuação conjunta não apenas combate à evasão fiscal, mas também protege empresas que cumprem suas obrigações”, destacou ele.
O recado é claro: empreender com responsabilidade e pagar os impostos é a única forma sustentável de construir um negócio sólido. Ao buscar maximizar o lucro de forma ilícita, o empreendedor pode perder muito mais do que ganhou, pois, uma única multa pode comprometer todo o seu esforço.
Com Informações da SEFAZ
Reportagem: Waldeck José